é que quando eu menstruo a vida fica furiosa. não quero produzir nada, desde uma lua antes não quero produzir nada. a preocupação está no por que raios eu não cortei a unha do pé antes? reclamo um monte porque quando eu menstruo a vida fica furiosa e viver do jeito que vivemos não dá. tá errado. não quero produzir nada. a cidade me engole numa dentada e eu me debato, até trucidar, mas não curvo.
eu queria ver a gente comendo o que plantou, em volta a cidade dominada por mata.
eu queria ver a gente comendo o que plantou com o pé na água.
(…)
o peito apertado embala o medo do futuro. ao mesmo tempo há a alegre rebeldia de quem carrega a história nas mãos.
[eu odeio redes sociais e a vida está furiosa dentro de mim]